quinta-feira, 27 de outubro de 2011


A pasta térmica aplicada sobre o processador tem como função aumentar o contato entre o processador e o dissipador. Essa aplicação se faz necessária devido às ranhuras microscópicas que existem nas superfícies dos processadores e na base dos dissipadores. O espaço vazio nestas ranhuras é então ocupado pela pasta, aumentando a transferência de calor entre processador e dissipador.

Muitas pessoas acham que aplicação da pasta não merece atenção, mas alguns cuidados devem ser tomados ao aplicar a pasta:

Limpe as superfícies antes da aplicação: Quem está removendo o adesivo térmico ou uma pasta antiga para a aplicação de uma nova, deve limpar totalmente a superfície antes de fazer a aplicação. Os resíduos podem dificultar a transferência de térmica entre os componentes. O ideal é que a limpeza seja feita com álcool isopropílico – para evitar oxidações – e um pano macio ou guardanapo absorvente.

Aplique a pasta com o dedo: Particularmente prefiro aplicar a pasta térmica com os dedos envolvidos em um plástico, pois a aplicação fica mais homogênea que com o uso de uma espátula, por exemplo. Se por acaso você não tiver um plástico por perto, pode aplicar com o dedos sem nada mesmo.Há quem diga que esse modo não é muito profissional e que a gordura existente na pele pode comprometer a transferência de calor. A menos que você tenha acabado de comer uma coxinha de R$0,50 sem guardanapos, não há porque se preocupar com a “gordura da pele”. Claro, antes de aplicar a pasta lave as mãos com sabão.

Não aplique pasta em excesso: A primeira vista parece interessante aplicar muita pasta a fim de aumentar a transferência de calor e a dissipação deste, mas existem dois motivos que provam o contrário.

O primeiro é que ao se colocar o processador a pasta vai transbordar (não encontrei uma palavra melhor) e sujar os componentes da placa-mãe. O problema não é sujeira que ela vai causar, mas o curto-circuito que ela vai formar entre os componentes, já que a pasta térmica possui metais em sua composição fazendo com que ela seja um ótimo condutor elétrico (a prata é o componente principal das melhores pastas térmicas).

O segundo motivo é que ao invés de aumentar a condução de calor entre o processador e o dissipador, o excesso de pasta térmica diminuirá consideravelmente essa transferência. Isto se deve pelo fato de que em excesso ela deixará de desempenhar sua função, que é a de preencher as ranhuras microscópicas presentes no processador e no dissipador, e irá ocupar, de fato, um espaço entre os dois, fazendo com que deixe de existir o contato direto entre o processador e o dissipador do cooler.

Qual a diferença entre pastas condutoras e não condutoras?

A diferença entre elas é simples. As pastas condutoras possuem componentes que conduzem melhor o calor, como a prata. As não condutoras não – mas não deixam de conduzir o calor, apenas o conduzem com menor eficiência.Existem algumas pastas que conduzem bem o calor, mas usam materiais que não conduzem eletricidade, como a cerâmica.

Se o seu processador não é um Duron da vida, não é overclocado (acabei de inventar a palavra) ou não tem problemas de aquecimento, não há motivos para investir numa pasta condutora.

Com quanto tempo devo reaplicar a pasta?

Normalmente a pasta é reaplicada durante a limpeza do micro, que deve acontecer pelo menos de ano em ano. Mas se você notar que a pasta resseca – endurece – com poucos meses, troque de pasta. Se o problema continuar, aumente a frequência com que você substitui ela.

Posso usar pasta de dente ao invés da pasta térmica?

Acreditem, esta pergunta existe. E não pense que a pasta dental vai “refrescar” seu processador, como disse um rapaz que comentou um vídeo no YouTube, porque ela não vai. Só use pasta térmicas.

Como aplicar a pasta?


Ao invés de explicar, achei melhor postar esse vídeo que encontrei no YouTube:

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